domingo, 21 de fevereiro de 2016

Boa tarde, amigos e amigas. Sou professor de Filosofia e Língua Inglesa em escolas públicas no interior do Estado de Alagoas (e por aqui, diga-se de passagem, não há nem a sombra de um luthier). Tenho uma história sobre amor ao instrumento para contar que talvez possa ajudar ao menos aos pesquisadores – mas não sei se esse maravilhoso espaço informativo me permite isso: Em 2006, adquirir um violino no intuito de me familiarizar com instrumento de corda sem trastes até poder realizar o sonho de comprar um violoncelo (vendi o violino meses depois). Em 2012, enfim, pude ter em mãos um Parrot 4/4 envernizado que assaz brilhante; adquiri de um colega que já havia comprado de um outro colega que por sua vez disse-lhe que já havia comprado usado em São Paulo; comprei com o intuito de realizar um sonho persiste nascido em 1997, após ouvir incansavelmente os concertos para violoncelo de Dvorak e de Elgar. Toquei esporadicamente sem pretensões de “aprender de verdade”, mas a cada acerto, ao reproduzir uma música conhecida, sentia algo tremendamente espirituoso, prazeroso ocorrendo no âmago do meu ser – e eu amava a vibração de do corpo de um cello vibrando em meu peito, como se ele, por sua estreita proximidade com o coração do musico, implantasse a cada arcada um sentimento intenso e novo no local mesmo onde esses sentimentos afloram.
Nesse Parrot 4/4 meio surrado eu ia fazendo alguns reparos e assim aprendi um pouquinho de lutheria, mexendo em coisas que soube o nome esses dias, principalmente no cavalete, buscando sempre aproximar as cordas do espelho; aprendi a “tirar” uns sons inteligíveis de ouvido, ler partitura um pouquinho mais e, como quase todo mundo, manter o sonho de executar algo das duas suites de Bach ou do Concerto de Elgar... O surpreendente para mim foi que dias atrás, me apareceu como que milagrosamente uns trocados de sobra e com esses trocados, velhos sonhos despertaram também: fiquei ultra empolgado com a possibilidade de adiquirir um cello novo e entrar numa etapa mais formal de aprendizagem do instrumento. Daí que contando as cédulas, e percebendo o seu alcance (ainda muito distante de cello de luthier) eu soube já qual deveria adquirir: um Eagle CE300 o qual ainda tenho uma antiga fixação, e assim o fiz; comprei de uma loja do outro lado do país, no Paraná; fiz tal loucura ao observar custos e benefícios e segundo tudo que pesquisei e vivenciei nesses anos ao seu respeito do CE300; penso que tal violoncelo é o Top de Linha para iniciantes muito exigentes, permite muitas melhorias, e compensa com o tempo alguns investimentos em acessórios e cordas melhores (meu limite são cordas de até R$ 600,00); neste violoncelo quanto mais o tempo passa mais coisas boas acontecem, mais ele fica amadurecido (digo isso baseado no que vi e ouvi de músicos em minhas visitas em algumas igrejas de Maceió, de Recife e de Salvador).  Eu chamo os Eagles CE200 e CE300 que vi de violoncelos híbridos de luthier chinês-brasileiro, pois todos eles, ou a maioria dos que vi e “toquei” tinham passado por luthier ou “luthier” autodidata; acho que eles são muito versáveis, pois todos os dois modelos que vi e “toquei” tinham sonoridades diferente, e alguns dos seus proprietários me dizia: “ele soa assim porque eu pus corda tal, cavalete tal, breu tal”. O violoncelo Eagle CE300, quando escolhido a dedo em uma loja de confiança, é um instrumento que nos satisfaz imediatamente, sobretudo se colocarmos cordas novas, antes de inaugurá-lo, cordas do tipo Calixto, ou Jaguar, por exemplo, dão um aspecto altamente diferenciado a este cello novo. Gosto deste cello, porque, exceto pelo verniz que não conheço, tudo nele reproduz os processos tradicionais de construção, seja o tampo inteiriço e maciço de cima ou do tampo maciço, duplo colado de baixo, bem como suas laterais, tudo é igualzinho aos vídeos de luthiers internacionais que venho assistindo no Youtube, por exemplo.

Sobre meu novo cello, Eagle CE300, acho que tive muita sorte, ele chegou esses dias e eu mesmo o montei; antes de tudo, troquei as cordas por outras da Jaguar; a alma estava ok; vi que as diversas madeiras bem coladas como nos violões da Eagle; só tive um probleminha com o cavalete que tive que diminuir um pouquinho antes de colocar as cordas e com a afinação (deixei o cavalete exatamente igual a curva final do espelho; a afinação segurou em dois ou três dias após). Obviamente ele soa melhor do que o meu antigo Parrot; como iniciante todos esses anos, percebi que adentrei em uma segunda fase de relação com o violoncelo. Por causa disso, estou visualizando ao longe, no horizonte, uma evolução significativa como “músico” que poderei me tornar; aos poucos vou me familiarizando com o método Dotzauer.  A antiga arte das cordas clássicas respira em todo ligar. Agradeço a vossa nobre paciência.
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sexta-feira, 2 de maio de 2014

Representations of Nature in Human Culture

Representations of Nature in Human Culture

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sábado, 8 de março de 2014

Prof. Eliana Augusto: Antropologia Cultural: Contribuições a Educação Af...

Prof. Eliana Augusto: Antropologia Cultural: Contribuições a Educação Af...: sobre Cultura por Wellington Amâncio da Silva
welliamancio@hotmail.com Pluralidade Cultural e Educação Temos observado com grande entu...Se você gostou deste texto, nos apoie em nossos estudos e pesquisas! Muito obrigado